O presidente da Comissão da Verdade, Memória e Justiça dos Jornalistas Brasileiros, Audálio Dantas, estará em Fortaleza, no dia 27 de fevereiro, para participar da instalação da Comissão da Verdade dos Jornalistas do Ceará, grupo responsável pelo levantamento dos casos de violações dos direitos humanos cometidos contra integrantes da categoria no Estado no período de 1964 a 1988. Durante a solenidade, que ocorrerá às 19 horas, no auditório do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Audálio lançará seu novo livro "As Duas Guerras de Vlado Herzog", que aborda o papel histórico do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, tendo à frente o próprio Audálio, na denúncia da prisão e morte de jornalistas durante a ditadura, culminando com a acusação do assassinato de Herzog pelos militares.
A instalação da comissão cearense faz parte do programa de comemorações dos 60 anos do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado (Sindjorce). Composto por Messias Pontes e Eliézer Rodrigues, integrantes da Comissão de Ética do Sindjorce; Nazareno Albuquerque, jornalista da TV O Povo; Iracema Sales, repórter do Diário do Nordeste; e a documentarista Marilena Lima, o grupo de jornalistas tem a missão de resgatar, através de pesquisa ou depoimentos, a história dos colegas perseguidos e mortos, e de tantos outros que tiveram suas vidas pessoais e profissionais expostas e alteradas. Ou seja, o principal foco do trabalho é fazer o mais amplo levantamento identificando os profissionais de imprensa vítimas da ditadura militar.
Comissão nacional foi instalada em janeiro
A Comissão Nacional da Verdade dos Jornalistas Brasileiros foi instalada no dia 18 de janeiro, durante o Seminário Internacional Direitos Humanos e Jornalismo, realizado em Porto Alegre, com a presença da ministra Maria do Rosário, da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República. Em um trabalho conjunto com comissões estaduais organizadas pelos sindicatos filiados à Federação Nacional dos Jornalistas, a Comissão da FENAJ sistematizará as informações colhidas em suas regionais para produzir relatório final a ser entregue à Comissão Nacional da Verdade.
Além de Audálio Dantas, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo em 1975, ano em que Vladimir Herzog foi torturado e morto no DOI-CODI, também integram a Comissão Nacional da Verdade dos Jornalistas Sérgio Murillo de Andrade, diretor de Relações Institucionais da FENAJ; Rose Nogueira, representante do Grupo Tortura Nunca Mais na Comissão da Verdade de São Paulo; Carlos Alberto Caó, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro; e o deputado federal Nilmário Miranda (PT/MG), primeiro ministro dos Direitos Humanos do Brasil.
Mais informações:
Samira de Castro - presidente em exercício do Sindjorce
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