Calendário foi definido na primeira reunião do colegiado com a participação do advogado Pedro Dallari, novo membro da comissão.
Membros e assessores da Comissão Nacional da Verdade, reunidos hoje em São Paulo, fecharam um calendário de audiências públicas em quatro regiões do país durante os próximos três meses. Também foram tratados detalhes da reunião de trabalho com as comissões estaduais e municipais da verdade que será realizada nos dias 29 e 30 de setembro.
A reunião foi a primeira que contou com a participação do novo membro da CNV, o advogado e professor universitário Pedro Dallari, ex-deputado estadual, ex-secretário de governo na gestão Erundina em São Paulo e atual vice-diretor do Instituto de Relações Internacionais da USP. Além de Dallari, participaram da reunião o coordenador da CNV, José Carlos Dias, e as integrantes do colegiado Maria Rita Kehl e Rosa Cardoso.
Foi definido que a CNV realizará audiências públicas em conjunto com comissões estaduais e promoverá audiências dos grupos de trabalho Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical, Papel das Igrejas durante a Ditadura e Perseguição a Militares.
A próxima audiência da CNV será nos dias 17 e 18 de setembro, no Rio de Janeiro, uma parceria do GT Igrejas e da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro. No dia 20, em São Paulo, em parceria com a Comissão Estadual da Verdade, o tema é a cadeia de comando da repressão e a Oban.
Em outubro, já estão confirmadas cinco audiências, duas delas são do GT Sindical da CNV: dia 1/10, sobre a destruição do antigo Comando Geral dos Trabalhadores pela Ditadura e dia 7/10, sobre os 50 anos do Massacre de Ipatinga. Dia 11 de outubro está prevista uma audiência do GT da Operação Condor sobre os argentinos desaparecidos na Guanabara e nos dias 17 e 18 uma audiência sobre a Casa da Morte, em parceria com a Comissão do Rio. No período de 21 a 24 de outubro o GT Igrejas irá à Belém.
Em novembro, a CNV deve realizar em Brasília três dias de audiências públicas sobre a Guerrilha do Araguaia e o GT Igrejas da CNV deverá percorrer Salvador, Recife e São Paulo. Agentes da repressão serão convocados para depor.
Também estão previstas audiências sobre o financiamento da repressão e sobre militares perseguidos pela repressão em São Paulo.
Pedro Dallari afirmou aos colegas ter ficado muito bem impressionado com o volume de trabalho realizado até agora pela Comissão da Verdade. "Chego a uma comissão estruturada e venho me encaixar onde posso ser útil", afirmou. O advogado e professor integrará o GT Mortos e Desaparecidos, junto com Rosa Cardoso e José Carlos Dias.
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