10/09/2013 às 11h15
O Grupo de Trabalho Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical da Comissão Nacional da Verdade (CNV) iniciou, na última semana, o reconhecimento de arquivos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Para o grupo, o acervo do MTE é importante para o entendimento da história do trabalho e do sindicalismo brasileiros e aos quais sindicalistas e historiadores reivindicam acesso há anos.
Diversos historiadores já tiveram acesso aos depósitos, onde encontraram documentos que remontam à então Divisão de Segurança e Informações e que tratam de violações aos direitos trabalhistas e sindicais cometidas na ditadura, como cassações de dirigentes sindicais e intervenções em sindicatos por motivos políticos e repressão a greves legítimas.
Equipes do Arquivo Nacional localizaram estes arquivos e comprovaram sua existência em relatórios. A partir de então, a coordenadora do GT, Rosa Cardoso, e o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, iniciaram diálogo e as portas do MTE foram abertas à CNV.
O ministério designou uma equipe para auxiliar a CNV e determinou a transferência dos documentos ao Arquivo Nacional, o que representa um ganho inestimável não apenas para as investigações da CNV, mas também para historiadores, sociólogos e demais pesquisadores do trabalho e do sindicalismo brasileiros.
O acesso à documentação do MTE era uma das prioridades do coletivo sindical de apoio ao Grupo de Trabalho Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical, da CNV, que reúne representantes de 10 centrais sindicais que apoiam o GT e de diversas entidades sindicais de memória operária e de trabalhadores anistiados, perseguidos e ex-presos.
O Ministério do Trabalho está comprometido em realizar a limpeza do material encontrado e a identificação sumária de seu conteúdo, o que é prioritário para a CNV. A medida é fundamental para que o acervo seja levado ao Arquivo Nacional o mais rápido possível.
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