Grito dos excluídos 7 de setembro de 2013 RJ
No Rio, a polícia obedece ordens do governador que tem medo das manifestações de protesto. A ordem deve ser sentar o pau, embora estejamos em uma Democracia. O tiro vai sair pela culatra. Quanto mais se bate na massa, mais ela cresce, igual a massa de pão.
No Rio, a polícia obedece ordens do governador que tem medo das manifestações de protesto. A ordem deve ser sentar o pau, embora estejamos em uma Democracia. O tiro vai sair pela culatra. Quanto mais se bate na massa, mais ela cresce, igual a massa de pão.
Fantasiados e mascarados, sem identificação!
Que democracia é essa que estes robôs defendem?
Quem tem medo do povo nas ruas?
Foto André Mantelli
Que democracia é essa que estes robôs defendem?
Quem tem medo do povo nas ruas?
Foto André Mantelli
"Um país que viveu a ditadura que o Brasil viveu e ainda hoje, passados 40 anos, não reviu sua história, não pode continuar aplaudindo desfile militar em dia de independência. Para além dos vândalos - palavra que só afasta, para não pensar no que de fato devemos pensar, que só criminaliza, repetindo a cultura da exclusão - devemos agradecer aos jovens que foram às ruas neste 7 de setembro, para tirar do calendário as paradas militares. Em todo o Brasil, a turma da farda se encolheu, bateu em retirada, reduziu o tempo e até suspendeu o desfile. Prefiro bater palma pra maluco do que bater palma pra assassino. Os militares não reviram seu triste papel na história recente do país. Não baixaram a arrogância, não se arrependeram de suas práticas nefastas, não estão colaborando para a reconstituição da história, para dar conta dos nossos desaparecidos. Não temos nenhuma razão, portanto, para nos orgulharmos deles. Meu companheiro Custodio Coimbra trouxe pra casa neste 7 de setembro um vídeo singular, que acontece momentos depois desta foto que vemos aqui. Nele, policiais massacram os cartazes de Lamarca e Iara Iavelberg. Como comentou minha amiga Rose Bahiana, que também viu o video, mataram Iara duas vezes. Já está na hora de entendermos que a história esquecida não habita o passado. Ela explica o nosso presente."
Momento seguinte... veja o vídeo no final.Manifestantes boicotam parada do exército reacionário e são reprimidos
https://www.youtube.com/watch?v=yDvixO7KzAsJornal A Nova Democracia — Na manhã de ontem, cerca de mil pessoas fizeram uma manifestação durante a parada militar de 7 de setembro no Centro do Rio de Janeiro. O ato foi dirigido pela FIP, a Frente Independente Popular. A tensão começou no momento em que manifestantes se aproximaram da Avenida Presidente Vargas, onde milhares de militares desfilavam observados de um palanque por várias autoridades, entre oficiais do exército fascista e integrantes do gerenciamento Dilma/Cabral/Paes.
A polícia não hesitou em jogar dezenas de bombas de gás e efeito moral contra manifestantes que protestavam pacificamente, além de centenas de familiares dos militares que desfilavam, entre os quais havia mulheres, idosos e crianças. Na correria, muitas pessoas ficaram feridas, Um idoso foi atropelado por uma viatura da PM.
Como se não fosse o bastante, um policial prendeu o jornalista Patrick Granja enquanto filmava a detenção de um manifestante. Devidamente identificado, com credencial e referências no colete e no capacete, o repórter foi preso acusado de agredir um PM. Patrick foi liberado, acompanhou a manifestação que aconteceu no final da tarde do mesmo dia e passa bem.
Um senhor de idade foi atropelado covardemente por uma viatura da PM. Até o presente momento, o comando da PM não se manifestou sobre o caso. Durante o grito dos excluídos, horas mais tarde, a PM atacou manifestantes que protestavam pacificamente com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. Além do jornalista e cinegrafista de AND Patrick Granja, vários profissionais da imprensa foram presos, entre eles, o jornalista independente do canal Tarja Preta e correspondente da revista Vice, Matias Max.
Horas mais tarde, manifestantes se reagruparam na Cinelândia e caminharam em direção ao Palácio Guanabara. A poucos metros da sede do gerenciamento Cabral, PMs tentaram impedir a passagem do protesto formando um cordão de isolamento. Com a chegada da tropa de choque, bombas de gás e tiros de bala de borracha foram disparados contra as massas que não se intimidaram e responderam com pedras e morteiros. Barricadas foram erguidas pelas ruas de Laranjeiras para retardar o avanço das tropas de repressão do velho Estado.
Ao fim do feriado de sete de setembro, 77 manifestantes e quatro profissionais da imprensa foram presos. O número de feridos ainda não foi divulgado pelas secretarias de saúde, mas socorristas voluntários estimam que mais de trezentas pessoas foram atendidas.
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